quarta-feira, 27 de agosto de 2014

CONDENADA À MORTE, SERÁ?




Depois de algum tempo sem escrever, tento pegar a cancha novamente e confesso que estou meio enferrujado, pois por mais que concebo ideias, não estou conseguindo transpô-las para esse pedacinho de tela branca que aparece na minha frente.

Como todos sabem, após a mudança de local da “Pelada do Rocha”, muitos atletas deixaram de comparecer a “Arena Richard Iza Pampulha Park”, alguns por motivos profissionais, outros pessoais, outros porque a bola estava atrapalhando o relacionamento amoroso, além daqueles que descobriram que futebol não era seu negócio. Mas enfim, com muito custo a pelada vinha acontecendo todos os sábados, algumas vezes com número de atletas o suficiente para completar dois times.

Como todos já sabem, porque vem acompanhando nossa história ao longo destes anos, nossa turma começou a jogar juntos um pouquinho antes da AFBDMG acabar e continuou a se reunir aos sábados para uma pelada, mesmo após o final da associação.

Neste tempo, muitos tiveram participação importante para a sobrevivência da pelada, como por exemplo Luciano e RelaGol por acharem o Grêmio Espanhol, Hamilton e Rocha por serem por algum tempo os responsáveis pela administração, Oswaldo por estar sempre pronto a resolver alguma questão extra campo, Paulo Beth pela ajuda financeira quando o caixa estava meio comprometido, pelos gastos do Rocha em suas viagens, Pereira “Avacalhado” pela guarda das redes, que sumiram, o Clinton por assumir a função de tesoureiro, o Marco Antônio que leva as laranjas e melancia, diga-se de passagem sem descascar e quentes, o Cristiano pela água gelada, e outros que agora peço desculpas por não lembrar, mas que com certeza contribuíram de alguma forma, principalmente financeira, para a continuidade da pelada e tem o agradecimento de todos nós.

Hoje em especial, quero agradecer a dois irmãos que não lembro como chegaram na pelada, mas que tornaram-se referência na pelada, tanto pelo futebol quanto pela amizade e gentileza que dedicam aos antigos e principalmente por serem os responsáveis hoje pela sobrevivência deste evento que chamamos de “Pelada do Rocha”. Gilson e Nélio, Nélio e Gilson, não importa a ordem sempre estão juntos, são exemplos de simplicidade e honestidade.

Outro dia na resenha, ou ainda a beira do campo, não me lembro bem, Luciano comentou sobre como a pelada melhorou, tanto pela injeção de juventude, quanto ao bom futebol jogado e isso é o resultado do esforço dos irmãos em continuar frequentando um ambiente saudável como é nossa pelada e trouxeram para perto de nós sua família, ai incluindo seus amigos mais chegados.
Nesta turma tem pai e filho que batem um bolão, e é claro que Gustavo joga o fino da bola por causa do Vilson, vejo a preocupação que ele tem com o filho, tanto na hora de reclamar de um passe mal dado, quanto no elogio do lançamento bem feito.

Outros atletas levados pela família, também enchem os olhos daqueles que sabem jogar, Alan, Daniel, Mateus, João Carlos além de saberem jogar são rápidos e nos obrigam a pensar rápido, e é claro, que muitas vezes devem se arrepender de passar a bola para os mais velhos, pois nem sempre o corpo acompanha o raciocínio.

Não só atletas clássicos e jovens que chegaram através deles, outros como coruja, que não é velho, joga em todas, não com a rapidez e categoria dos outros, mas sabe bater bem na bola, a trata com intimidade e chama a redonda de você.
Uma surpresa levada pela dupla de irmãos, foi o zagueirão Carlin, confesso que quando o vi pela primeira vez, pensei comigo “esse o Nélio e o Gilson, trouxeram para completar”, mas quebrei a cara, o zagueiro é forte e sabe jogar, antecipa bem e não é da escola de Rogério “Parente” , Pereira “Véi” e Paulo Beth que valorizam o homem.

Não ia deixar de falar de nosso goleiro Graziane “O Genro”, apesar de seu temperamento explosivo é um goleiro que todos querem no seu time, menos o Rocha, pois sinto que com ele no gol adversário tenho mais chances de sair do zero na Arena.

Bom, para terminar quero novamente agradecer em nome de todos os integrantes da “Pelada do Rocha” ao Gilson e ao Nélio, que tiram nossa pelada do CTI e nos deram a chance de permanecer jogando bola ao invés de irmos para a Praça Sete, jogar dama.