sábado, 8 de novembro de 2014

Pepê

 
 
Parece ter vivido tudo que um homem possa passar. Surpreendente, tinhas histórias inimagináveis. Momentos inusitados. Contava seus contos que pareciam exagerados, dando a eles um tom de realidade com riqueza de detalhes e sutilezas. Mesmos as histórias mais engraçadas, tinham no fundo alguma lição de vida. Um mestre da vida. Nos intervalos das peladas,  arrancava sorrisos e simultaneamente fazia-nos refletir. Cultivava o respeito e a liberdade. Me revelou várias vezes ser um amante da natureza.  Quando juntava com o Fabinho, a criatividade e a fertilidade pareciam não ter limites.
 
 
Dava animação aos objetos. Certa feita, colocou uma chuteira mais velha ao lado da mais nova e as deixou por um bom tempo juntas. Segundo ele, a mais velha estava ensinando a mais nova  todo o segredo dos seus lançamentos  e nenhuma informação poderia ser perdida. Não poderia comprometer seu brilho com a incipiência de uma chuteira nova.  Esse era o Pepê.
Dentro de campo, superava. Com seu espírito jovem, venceu as limitações físicas. Um bom exemplo a ser seguido. Dava a “pepita” o destino que queria. Seus lançamentos tinham uma precisão de GPS. Sobejava da geometria para descrever e nominar as trajetórias das bolas que lançava. Gostava também de dar uns dribles curtos - cortes secos. 
Vai fazer muita falta entre nós, mas certamente, levará a felicidade para outros.
Fica para a posteridade as melhores lembranças do seu legado de vida.
Que Deus o receba e proteja a sua família.
Saudades
 
By Wenderson (tat...)

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

PÊPÊ



















Hoje não é um dia para se festejar, afinal de contas não teremos mais as brincadeiras e frases de efeito de Pepê “DA NASA”, ficamos órfãos do sorriso, do jeitão de “malandro”, do lançamento perfeito, da bola “parabólica procurante”, da falta bem batida, das gozações, do jeito de armar o time fechado “igual boca de bode”, do grito de “opera”, enfim de todas as formas que ele interagiu conosco nos últimos anos.

Já escrevi sobre Pepê, muitas vezes, sei que ele curtia, mas infelizmente hoje ele não vai ler.
Espero que ele esteja bem onde estiver, ele merece, era um camarada bom e fez amigos entre nós.

A você Pepê nosso agradecimento por nos deixar fazer parte da sua vida, que esteja com DEUS e que Ele conforte sua família e amigos, pois sabemos que no time lá de cima já esta escalado como titular, fazendo gols e lançamentos perfeitos e gritando “ Não mexe não, senão você me fode”.

Que DEUS te acompanhe e te acolha com carinho.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

NOSSO CRAQUE FOI CHAMADO PARA ATUAR EM OUTRO LUGAR

Pessoal.







É com tristeza que comunicamos o falecimento de nosso amigo e companheiro de pelada Pepe "DA NASA", ainda não temos informações a respeito mas assim que soubermos iremos fazer o comunicado aqui e em nossa página no facebook

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

EU SOU O MÁXIMO. SÓ QUE NÃO.



Sábado arrebentei a boca do balão. Havia muito tempo que não jogava tão bem e olha que o meu time não era tão bom quanto aos formados pela juventude que hoje domina a “Pelada do Rocha”.

Mas sabe aquele dia, que você joga tudo que sabe? Pois é, eu estava neste dia, correndo, fazendo lançamentos “a lá” Pepe da “Nasa’, defendo com unhas e dentes quando nosso time era atacado e francamente fazendo o que não fazia já há algum tempo na pelada, marcando gols simplesmente inacreditáveis, não sei se os goleiros adversários ficaram boquiabertos com minhas jogadas de classe, mas que levaram uma chuva de gols isso levaram.

Olha, só para ilustrar, um gol, que devia mandar fazer uma placa, de tão bonito que foi, que vou resumir como foi, pois ficaria até o sábado que vem, descrevendo como peguei a bola na saída de nossa área, fingi que ia chutar e o primeiro adversário tomou logo uma caneta, veio outro e com uma ginga de corpo, lá se foi o outro marcador. Neste momento já estava no meio de campo, fingi novamente que ia fazer o lançamento para a ponta esquerda e logo veio o marcador que ficou na saudade, pois tomou aquele chapéu que tira a medida. Avancei freneticamente em direção ao gol, olhei o posicionamento do goleiro adversário e chutei, a bola foi indo, foi indo e já escutava a torcida gritar meu nome, aquele que me é mais carinhoso,  Ró, Ró, e ai senti um baque, como se fosse uma entrada desleal, que mexeu com meu corpo todo, e para dizer a verdade, a imagem que vi, era inacreditável. O zagueiro tinha a cara da minha mãe e ainda dizia “ você não vai comprar pão não?.


 
Fazer o que né? Sonhar faz bem e alivia a alma.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

DIÁRIO DE DOIS BEBÊS – INÍCIO DO TREINAMENTO II



Mais uma vez os meninos me surpreenderam, vejam a carta que recebi essa semana relatando alguns fatos que estão acontecendo na distante Araraquara, depois que Pereira “véi” não me recebeu e nem quis atender seu Motorola PT-550 em recente viagem que fiz a Bauru.

A carta trazia o seguinte:
Prezado tio Rocha, estamos com saudades de você e da Tia Josi, vê se aparece aqui, mas ao invés de tentar ligar para o vovô Pereira “véi” liga para a mamãe, afinal de contas o aparelho dela é mais novo que o dele.
Estamos escrevendo esta cartinha, é claro com a ajuda da vovó e do papai, para contar a turma da “Pelada do Rocha”, que temos treinado quase todos os dias para podermos em breve participar da pelada ai em Belo Horizonte.
Arrumamos um novo treinador o nome dele é tio Rodrigo, pois vovô depois que parou de frequentar a pelada ai em BH, não quer saber de nada, mas vovó Sandra tem nos ajudado no que pode, nos levando para nosso primeiro treino que foi no níver da dindinha Debby e tentando nos ensinar a jogar, mas você sabe que ela não é nenhuma Marta e a coisa tá ficando complicada. Estamos mandando um abraço em todos. Beijo do Rafha e do Leo.






segunda-feira, 15 de setembro de 2014

SOU FÃ DO CHAVES.



Para quem é fã do seriado mexicano que insisti em permanecer no ar, mesmo sendo considerado por alguns como uma coisa boba, o sábado na “Pelada do Rocha” será inesquecível.
Já vi muita coisa acontecer por lá, tipo vaca jogar de zagueiro, gol de placa, falta de atleta para completar o time, zagueiro butineiro, falando que não é isso tudo, discussões sem razão, enfim muitas coisas.





A “Arena Richad Iza Pampulha Parque”, nesta manhã de sábado, proporcionou a todos os presentes momentos que ficaram com certeza na lembrança de todos e é claro para nosso zagueiro Cristiano “Água”, não que ele seja uma água jogando bola, mas é porque leva o coller com água que abastece nossos atletas em momento de descanso. Cristiano simplesmente deixou sua marca na pelada, não por ter jogado bem, marcando Pereira “Avacalhado” de perto ou não dando espaço para aos jovens Daniel, João, Mateus fazerem a festa como estão acostumados quando Rogério “Parente” joga, mas porque simplesmente marcou um com contra de barriga e ainda não satisfeito, ao tentar interceptar outra bola chutada, colocou-se a frente do atacante e marcou novamente, para desespero de seus parceiros de time,
Voltando a falar de futebol, nosso departamento médico frustrou a grande torcida que já tomava conta das dependências da arena, quando não permitiu a volta do lesionado Gustavo, que ao fazer aquele movimento característico do Ronaldinho com a cabeça ao passar a bola, arrumou um baita torcicolo, que o impediu de mostrar sem futebol.
Esse final de semana na pelada, foi realmente marcante, Pablo torceu o joelho e reclamou que os buracos do campo estão comprometendo sua performance, o novato Daniel Carvalho (?) disputou a bola com Nélio e também torceu o joelho, Ronaldinho continua apitando mal e acha que apita bem, e Rocha... não marcou, continua invicto não conseguindo balançar as redes adversária, acho que ele esta esperando a volta do Marcelão da “VAM” e do Barbosa “Chorão”, o primeiro que prometeu voltar com sua explosão renovada e o outro com seus lançamentos perfeitos.
Volta Marcelão!

Os: E o RelaGol heim! Só curtindo um camarão, fazer o quê né?

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

CONDENADA À MORTE, SERÁ?




Depois de algum tempo sem escrever, tento pegar a cancha novamente e confesso que estou meio enferrujado, pois por mais que concebo ideias, não estou conseguindo transpô-las para esse pedacinho de tela branca que aparece na minha frente.

Como todos sabem, após a mudança de local da “Pelada do Rocha”, muitos atletas deixaram de comparecer a “Arena Richard Iza Pampulha Park”, alguns por motivos profissionais, outros pessoais, outros porque a bola estava atrapalhando o relacionamento amoroso, além daqueles que descobriram que futebol não era seu negócio. Mas enfim, com muito custo a pelada vinha acontecendo todos os sábados, algumas vezes com número de atletas o suficiente para completar dois times.

Como todos já sabem, porque vem acompanhando nossa história ao longo destes anos, nossa turma começou a jogar juntos um pouquinho antes da AFBDMG acabar e continuou a se reunir aos sábados para uma pelada, mesmo após o final da associação.

Neste tempo, muitos tiveram participação importante para a sobrevivência da pelada, como por exemplo Luciano e RelaGol por acharem o Grêmio Espanhol, Hamilton e Rocha por serem por algum tempo os responsáveis pela administração, Oswaldo por estar sempre pronto a resolver alguma questão extra campo, Paulo Beth pela ajuda financeira quando o caixa estava meio comprometido, pelos gastos do Rocha em suas viagens, Pereira “Avacalhado” pela guarda das redes, que sumiram, o Clinton por assumir a função de tesoureiro, o Marco Antônio que leva as laranjas e melancia, diga-se de passagem sem descascar e quentes, o Cristiano pela água gelada, e outros que agora peço desculpas por não lembrar, mas que com certeza contribuíram de alguma forma, principalmente financeira, para a continuidade da pelada e tem o agradecimento de todos nós.

Hoje em especial, quero agradecer a dois irmãos que não lembro como chegaram na pelada, mas que tornaram-se referência na pelada, tanto pelo futebol quanto pela amizade e gentileza que dedicam aos antigos e principalmente por serem os responsáveis hoje pela sobrevivência deste evento que chamamos de “Pelada do Rocha”. Gilson e Nélio, Nélio e Gilson, não importa a ordem sempre estão juntos, são exemplos de simplicidade e honestidade.

Outro dia na resenha, ou ainda a beira do campo, não me lembro bem, Luciano comentou sobre como a pelada melhorou, tanto pela injeção de juventude, quanto ao bom futebol jogado e isso é o resultado do esforço dos irmãos em continuar frequentando um ambiente saudável como é nossa pelada e trouxeram para perto de nós sua família, ai incluindo seus amigos mais chegados.
Nesta turma tem pai e filho que batem um bolão, e é claro que Gustavo joga o fino da bola por causa do Vilson, vejo a preocupação que ele tem com o filho, tanto na hora de reclamar de um passe mal dado, quanto no elogio do lançamento bem feito.

Outros atletas levados pela família, também enchem os olhos daqueles que sabem jogar, Alan, Daniel, Mateus, João Carlos além de saberem jogar são rápidos e nos obrigam a pensar rápido, e é claro, que muitas vezes devem se arrepender de passar a bola para os mais velhos, pois nem sempre o corpo acompanha o raciocínio.

Não só atletas clássicos e jovens que chegaram através deles, outros como coruja, que não é velho, joga em todas, não com a rapidez e categoria dos outros, mas sabe bater bem na bola, a trata com intimidade e chama a redonda de você.
Uma surpresa levada pela dupla de irmãos, foi o zagueirão Carlin, confesso que quando o vi pela primeira vez, pensei comigo “esse o Nélio e o Gilson, trouxeram para completar”, mas quebrei a cara, o zagueiro é forte e sabe jogar, antecipa bem e não é da escola de Rogério “Parente” , Pereira “Véi” e Paulo Beth que valorizam o homem.

Não ia deixar de falar de nosso goleiro Graziane “O Genro”, apesar de seu temperamento explosivo é um goleiro que todos querem no seu time, menos o Rocha, pois sinto que com ele no gol adversário tenho mais chances de sair do zero na Arena.

Bom, para terminar quero novamente agradecer em nome de todos os integrantes da “Pelada do Rocha” ao Gilson e ao Nélio, que tiram nossa pelada do CTI e nos deram a chance de permanecer jogando bola ao invés de irmos para a Praça Sete, jogar dama.