Em um sábado, dia 23 de abril, dia festivo para a maioria da população mundial, pois era sábado de Aleluia e dia mundial dos peladeiros, fomos surpreendidos pela atitude de um de nossos atletas, que aqui, não preciso nominar.
Nosso companheiro fez desaparecer todas as lembranças de seu futebol vibrante, alegre, descontraído e participativo, lembrando muitas vezes craques como Reinaldo por seus dribles desconcertantes; Pelé pela sua genialidade e Robinho pelas suas pedaladas. No entanto, nosso ex-craque substituiu seu futebol pelos piores. Jogou um futebol mais parecido com o de “paulada”, Moisés, entre outros, que destruíram o futebol arte praticado neste imenso país.
Rodrigo, nosso novo craque, em um dia de craque e goleador infernizava nossa defesa aplicando dribles desconcertantes e violentos. Além dos chutes a gol, quando, por um momento de infelicidade, daquele que era um exemplo de futebol para os demais, foi agredido covardemente em lance assim narrado pelos esportistas à beira do campo:
- “Rodrigo domina a bola com categoria e avança velozmente pela ponta esquerda, corta o primeiro, adianta a bola... O que é isso minha gente! Isso é um absurdo! Tem que expulsar! Vergonha! Vergonha!”.
Um misto de revolta e perplexidade tomou conta de todos. Nosso craque rolou pela grama úmida do imenso campo do Clube. Sua feição era de dor e sofrimento, todos preocupados com o estado de saúde do jovem craque e raivosos com a atitude do zagueiro perna de pau, que não sabendo contê-lo, o atingiu violentamente. Por sorte, nosso atacante após ser atendido no gramado, levantou-se e numa atitude digna de um rei, estendeu a mão, desculpou-o e o futebol seguiu em frente.
O futebol é isso... arte para poucos e violência para muitos. Uma pena!
.AUTOR : ROCHA
ILUSTRAÇÃO : ALISSON
ILUSTRAÇÃO : ALISSON