quinta-feira, 9 de maio de 2013

NÃO ERA O DIA DELES


Quando Petrônio, com seus mais de 30 anos de bagagem, centenas de cobranças de pênaltis, correu para a bola e perdeu aquele que seria o primeiro de sua carreira, era um aviso de que o final de semana não estava destinado aos craques. Com os deuses não se brinca, e se os craques soubessem interpretar os sinais dos deuses da bola, não teriam tentado contrariar a vontade daqueles que os escolheram para serem os magos dela. Não deu outra.
Poderia ter parado em Petrônio, mas seria uma injustiça muito grande, pois o craque poderia estar estigmatizado como "o craque que perdeu o gol da decisão da “Pelada do Rocha". Mas como disse antes, os deuses sabem o que fazem. E no domingo acabaram de demonstrar que contra seus desejos, ninguém pode.
D’allesandro do Internacional de Porto Alegre, Seedorf do Botafogo, Pato do Corinthians, Luís Fabiano e Ganso do São Paulo e para completar Lewandowski do Borussia Dortmund, todos senhores da bola, com aquela intimidade de chamá-la de "ôce", todos grandes craques da atualidade, tiveram o mesmo destino que Petrônio, foram marcados com estrela da má sorte e não converteram os pênaltis para as suas equipes. Alguns tiveram sua sina amenizada, pois suas equipes, mesmo com os pênaltis desperdiçados, se sagraram campeãs. Outros se conformaram rapidamente, mas Petrônio se mostrou abatido na hora da coletiva, inconformado de "manchar" seu longo curriculum com um pênalti perdido. Desolado, o craque disse estar sentido por jogar por terra o trabalho de uma temporada de seus companheiros, acenando até com a possibilidade de encerrar a carreira ainda esse ano.
Mas se o mundo do futebol é ingrato, também sabe ser justo, e seus companheiros saíram em defesa do craque, consolando-o, dizendo que quando ele bateu o pênalti, estava representado o grupo, portanto, o grupo perdeu. E além do mais, o que é um pênalti para quem já converteu mais de uma centenas deles.
A verdade é que Petrônio não se mostrou totalmente consolado, e foi visto à noite no CT da “Arena do Hamilton”, treinando penalidades com um goleiro da equipe júnior. Eu contei 238 convertidos em sequência, mas como tinha um "pessoalzinho" para sair, não fiquei mais para terminar a contagem.

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