MEU NOME É TRAVE

Já dizia Dada Maravilha: “Não existe gol feio. Feio é não fazer gol!” Só que essas palavras não servem para nosso meio artilheiro. Isso mesmo meio artilheiro Weider, difícil de escrever e de pronunciar. Inclusive, sendo solicitado por nosso querido artilheiro RelaGol, ao relacioná-lo, que divulgasse sua alcunha para facilitar sua inscrição sábado pela manhã.

Mas vamos aos fatos. Durante a pelada de sábado, nosso meio artilheiro, após ficar de frente com o pequeno goleiro “Exalta”, irmão do Pelé, não conseguiu balançar as redes, em situações que os artilheiros natos da pelada RelaGol, Rocha, entre outros e até o Fernando Vanucci fariam de olhos fechados o gol. Pois bem, nosso “garotinho”... Garotinho é brincadeira, pois o jovem parece que já entrou na casa dos “enta”, conseguiu o impossível, por duas vezes no mesmo lance, ele acertou o travessão, irritando a torcida presente e seus companheiros de equipe.

Passada a situação vexaminosa e não querendo ser alvo de apupos por parte da torcida adversária, nosso atleta simulou uma contusão no tornozelo direito, solicitando sua imediata substituição por Junior que, até o momento, aguardava ansiosamente para jogar ao lado do artilheiro Rocha, que naquela manhã não estava nos melhores dias.

Finalmente, após ser atendido pelo departamento médico, naquele ato representado pelo experiente médico Dr. Oswaldo, que lhe aplicou um santo remédio que leva em sua mochila todos os sábados, o veterano jogador desabafou:

_ “Estou sendo massacrado pela torcida. Estou chateado com as vaias da torcida e entendendo que não sou o responsável sozinho por resultados negativos do time”!

O atacante ainda emendou:

_ ¨”A trave não é o que quero. Eu quero o gol! Não sei quem merecia ganhar o jogo, mas acho que eu merecia um gol. Ah, eu merecia”, desabafou Weider após o atendimento.

Isso é o futebol! Um dia se é goleador, em outro, “um perna de pau”.

AUTOR: ROCHA
ILUSTRAÇÃO : ALISSON