sexta-feira, 25 de maio de 2012

PANO DE FUNDO


"O homem é um ser social".
Nossa! Como estou filosófico... e canastrão também, pois isso já foi dito muito antes do início da humanidade. Mesmo assim, é sempre bom lembrar que "ninguém é uma ilha".
Santo Deus! Agora eu me superei: crianças de cinco anos são capazes de repetir esse "clichê" sem a ajuda dos pais.
Mas, se ambas afirmativas são surradamente conhecidas, será que todo mundo se dá conta de seus significados e de sua importância? Parece estranho, mas a luta do ser humano é para fugir da solidão, participar de grupos, se sentir incluído de alguma forma na sociedade. Se o homem trabalha por dinheiro para se manter, trabalha também para se realizar, se sentir cidadão integrado no contesto social, e até os presidiários que reclamam de celas superlotadas, recebem como castigo, longos períodos na "solitária". Portanto, ser um ser social é mais que um objetivo, é uma necessidade.
Então, decisivamente, a solidão é o maior "fantasma" da humanidade. Deve ser por isso que as pessoas trabalham, constituem famílias, frequentam escolas, igrejas, cultos. Isso explica porque tantas pessoas assistem espetáculos, shows, apresentações, justificando o agrupamento de pessoas por qualquer motivo, mesmo quando não conhece ninguém, e até por motivos trágicos.
Bem, dessa forma, os "clichês" não são tão "clichês", é uma explicação para a necessidade do homem de se agrupar, daí, a razão de tantos homens se reunirem para jogar um futebol, ou "bater uma pelada": na verdade, o que ele busca mesmo é participar, ter referência, se sentir e poder dizer que participa de um grupo, que faz parte de um seguimento da sociedade.
No caso do futebol, mais precisamente, das "peladas", o homem faz com mais disposição até do que para com suas obrigações como membro de família, trabalhador ou adepto de alguma religião.
Para o futebol o homem é movido também, pelo desejo de se divertir, além de querer praticar uma atividade física, ele gosta de mostrar suas habilidades com a bola, ou as proezas que pode realizar, usando os pés como instrumentos, mas isso só é possível, quando ele faz parte de um grupo, por isso agrada tanto aos homens participar de peladas.
Mas é isso que às vezes parece tão estranho também: se o homem quer e deseja participar de um grupo, porque tantas vezes ele se comporta de maneira agressiva, ou evasiva, ou de forma tão pouco social? Porque se mostra hostil ou violento, se o seu propósito é estar junto com as pessoas e fazer parte da sociedade? Porque às vezes se mostra indiferente, arrogante, ou soberbo, se ele sabe que depende dos outros para participar de um grupo?
Será que os homens não percebem que agindo assim, não contribuem em nada para manter o grupo, para agregar? Que ao invés de viver o momento social, estão apenas vivendo "a casca" desse momento, ou esse momento "plastificado", porque não vão atingir seu objetivo principal, que é socializar e ampliar seu leque social?
Pensando bem, os "clichês" não são tão "clichês", na verdade, eles deveriam ser melhor analisados por todos que buscam a socialização, que desejam participar e fazer parte de um grupo. Todos deveriam se lembrar sempre que, o que querem é ser um ser social e por intermédio do convívio, fugir da solidão.
Então, todos deviam esquecer um pouco o egoísmo, o individualismo, as picuinhas e as raivas, e lembrar sempre, que a pelada é apenas um "pano de fundo".

6 comentários:

  1. Puxa Fabinho, agora você se superou. Provavelmente você fez cursos com o Padre João Paulo II aquele ponta do guarani, ou com a Madre Tereza de "Calcanchar".
    Mas fantástico seu texto, apesar de ficar deprimido...

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  2. rsrs... amigo Rocha, o maior problema da sociedade hoje, é que tudo e todos querem atingir objetivos, treinando, impondo, determinando, quando o 'grande segredo', é educar. Quando se educada, as pessoas aprendem e nuncam mais param de praticar. O objetivo dos textos com esse cunho é esse, tentar educar aqueles que ainda não 'mataram a charada'. rsrs... um abraço!

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  3. Parabéns mais uma vez pelo belo texto .

    Luciano Amim

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  4. OU IMAGINO O SUCESSO DESSE ESCRITOR COM AS MULHERES !!!! OU NAO!!!!O QUE E ISSO!!!! O CARA QUANDO E BOM NAO E RUIN NAO NE !!! RATO..

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  5. Muito bom o texto, já pensou em lançar um livro Fabinho, com certeza será um best seller (Besta seller). Cristiano.

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    1. Obrigado amigos, pelos elogios. Tentarei retribí-los amanhã, na Arena, com minha prancheta, do lado de fora do campo, ou, se o departamento médico liberar, com minhas jogadas maravilhosas que já encantaram os quatro continentes.

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