ZÉ DA LINGUIÇA E EU RICOS

Perguntem aos mais relapsos vascaínos e cruzeirenses, o que eles acham dos ex-presidentes de seus times? Certamente eles vão enaltecê-los, relembrando períodos de glórias e principalmente, muitos títulos conquistados durante suas gestões, e futebol se resume nisso: vitorias e títulos, melhor ainda, quando eles vêm agregados com um patrimônio e um marca de fazer inveja às maiores empresas do mundo, como Barcelona, Milan, Real Madrid...

Mas o que poucos sabem, é que alguns títulos e conquistas custam caro e são marcados por administrações sem muita transparência. Estão ai dois exemplos: Vasco e Cruzeiro são dois times "quebrados", afundados em dívidas, desnorteados, lutando à duras penas para montar um time e recuperar o prestígio e o caminho das vitórias, pois seus ex-presidentes, venderam seus melhores jogadores, acumularam dívidas e deixaram um "vagão desgovernado", difícil de recolocar nos trilhos.

Paulo Beth e Hamilton preferiram o silêncio, estão tentando sanear as dívidas e fazer uma administração transparente. Sem dinheiro no caixa, estão contratando dentro da realidade do clube, jogadores jovens sem nome no mercado, jogadores medianos, sem expressão no cenário nacional, e bons jogadores, mas já rodados, de idade avançada, de quem não se pode esperar muito.

A diretoria anterior da “Pelada do Rocha” prometeu "mundos e fundos", contratou craques renomados, como RelaGol, Rodrigo, Reinaldo, Diego, Luciano, João Carlos... e muitos outros, pagando salários astronômicos, mas a verdade é que esse time de galácticos ainda não conquistou nada, e muitos, não justificaram o alto valor investido em suas contratações.

Outro ponto a ponderar, é o imbróglio da aquisição do Arena do Independência, que foi dada como certa há dois anos, onde seriam realizados todos compromissos da equipe da “Pelada do Rocha”, mas o que vimos, foi o Kalil dar uma "rasteira" nos outros clubes de BH, inclusive a Sociedade Esportiva Pelada do Rocha, que ficou durante muito tempo como circo mambembe: itinerante. E as acusações de que houve suborno para que o clube abrisse mão do estádio, ainda ecoam no meio esportivo, e há inclusive, uma CPI instaurada na Câmara Municipal, para saber o que realmente aconteceu de fato.

A verdade é que, o clube vem se reestruturando e a vida segue. Haveremos de encontrar enaltecedores da gestão anterior e críticos para ambas as diretorias. mas como citou o próprio Getúlio Vargas, "o tempo trará a verdade", e a imprensa, cumprindo seu papel, apura os fatos e trás a público, exercendo o livre direito de se expressão, o mínimo que se espera em um regime democrático.

E as ações trabalhistas não param de "pipocar": RelaGol entrou com uma ação contra o clube, requerendo o terreno do antigo estacionamento, segundo informações, ele quer transformar o espaço em um drive-in. Wanderson penhorou a piscina, e quando questionado porque queria uma piscina cheia de rachaduras e vazia, ele disse que assim que é bom, pois ele não sabe nadar. O próprio Hamilton que fez parte da outra diretoria pediu o sequestro de tijolos, calhas, telhas e todo material que ele puder levar para aquela sua construção que nunca acaba.

Segundo um membro do conselho deliberativo da “Pelada do Rocha” , somente o BMG pode salvar o clube, ou o Sheik de Agadir.